Informática e Documentação

sábado, novembro 27, 2004

Érica Saito
Léia Jacob
- Alunas do Período matutino


Informática documentária

Apresentação
1.Introdução
2.Metodologia
3.Informática documentária
3.1. Definição
3.2. No Brasil e em outros países
3.3. Indicações de referências na literatura
3.3.1.“A biblioteca eletrônica”, Jennifer Rowley, 2002 (Library automation)
3.3.2.“Introduction to automation for libraries, William Saffady, 1983
(Library automation)
3.3.3. “The seven ages of information”, Michael Lesk (Information retrieval)
3.3.4. Informática jurídica documental, Mario Saquel (Informática documental)
3.3.5.“Introducción a la informática documental: fundamentos teóricos, prácticos y jurídicos”, Carlos Costa Carballo, 1995 (Informática documental)
3.3.6. “Informatique documentaire, André Deweze, 1994
(Informatique documentaire)
4. Considerações finais
Bibliografia
Anexos


Apresentação

Este trabalho foi desenvolvido para a disciplina “Informática e documentação”, sendo que seu conteúdo será apresentado no I Encontro de Estudos Discentes sobre Informática e Biblioteconomia a ser realizado no Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (CBD/ECA/USP) em 27 de novembro de 2004.

1.Introdução

Aplicada em diversos tipos de serviços de Informação no Brasil, a Informática documentária ainda é algo que foi pouco explorado. Há muita produção relevante por partes de muitos autores, mas ainda não há análises substantivas que criem um acúmulo do tema.
O termo Informática documentária é constantemente confundido com automação de bibliotecas.
Dentro deste contexto, ORTEGA escreveu e defendeu sua dissertação, que serve como roteiro para este trabalho. Abordar-se-á alguns aspectos considerados relevantes para o melhor entendimento do que é Informática Documentária.


2.Metodologia

Como já foi dito anteriormente, o trabalho foi norteado pela dissertação de ORTEGA. Tentou-se buscar outras fontes que pudessem enriquecer mais os conceitos relacionados a informática documentária, contudo, devido a pouca literatura, optou-se por seguir o roteiro proposto pela autora.

3.Informática documentária

3.1. Definição

Ortega acredita que a definição mais satisfatória de Informática documentária é “o conjunto de aplicações da informática à Documentação, técnica que se refere às intervenções da Informática nas diversas fases de produção e utilização de documentos: produção de textos, difusão pelo editor, gestão pela biblioteca, análise e indexação para a pesquisa nestas bases de dados” (ORTEGA apud DEWEZE, 2002, p.1)

3.2. No Brasil e em outros países

O termo teve origem na França ( Informatique Documentaire) e foi adotado em outros idiomas. Em espanhol, o termo ficou “traduzido” como “Informática documental” e em português como “Informática documentária”. No caso da língua inglesa, não há uma expressão ou termo similar.
No Brasil, o termo “refere-se de uma forma geral, a comentários sobre o bibliotecário frente às novas tecnologias do mercado, muitos relatos de experiência de automação de bibliotecas e de bibliotecas virtuais, cada vez mais, estudos de caso sobre características de softwares e recursos desejáveis dos mesmos, além da representação descritiva automatizada realizada pela adoção de formatos de registro bibliográfico com fins de intercâmbio de dados, seguindo os modelos encontrados em língua inglesa...”(ORTEGA, 2002, p. 29-30).


3.3. Indicações de referências na literatura

ORTEGA faz algumas indicações de referências relacionadas a Library automation, Information retrieval, Informática documental e Informatique Documentaire, respectivamente. Tentou-se ler as obras no original, contudo, muitas estavam esgotadas, são importadas, dentre outros empecilhos. As obras que foram encontradas no acervo de bibliotecas da USP estão indicadas com localização da unidade referente e da obra na estante.
Segue abaixo um pequeno resumo (alguns possuindo comentários) das obras listadas pela autora.

3.3.1.“A biblioteca eletrônica”, Jennifer Rowley, 2002 (Library automation)

ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. (Localização na biblioteca da ECA 025.0285^R884eP^2.ed.)

Este livro é uma atualização do livro “Computers for libraries”, de 1993. Traz uma explanação sobre a influência que a Informática tem exercido no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação. Examina as aplicações da tecnologia da informação que influem sobre as rotinas e o gerenciamento de bibliotecas, bem como outras aplicações que acarretam implicações para a maneira como as informações são tratadas, armazenadas e gerenciadas. O livro é dividido em três partes: introdução à tecnologia da informação, recuperação da informação e sistemas de gerenciamento de bibliotecas.


3.3.2. “Introduction to automation for libraries, William Saffady, 1983 (Library automation)


SAFFADY, William. Introduction to automation for libraries. Chicago: American Library Association, 1983. ( Localização na biblioteca da ECA 025.0285^S128i^3.ed.)

Abrange de forma sistemática os aspectos envolvidos na automação de bibliotecas. O livro foi dividido em duas partes principais: a primeira parte trata de fundamentos gerais sobre computação e tecnologias correlatas, incluindo características de hardware e de software e conceitos sobre gerenciamento e comunicação de dados e sobre sistemas de automação de escritório. A segunda parte explica os conceitos sobre automação de bibliotecas e discute os sistemas e serviços que automatizam as operações de biblioteca. Trata da catalogação descritiva, dos sistemas integrados de biblioteca, do serviço de referência automatizado e das bibliotecas digitais.


3.3.3. “The seven ages of information”, Michael Lesk (Information retrieval)


LESK, Michael. The seven ages of Information retrieval. Disponível em :<http://lesk.com/mlesk/ages/ages.html>. Acesso em: 23 nov. 2004.

O artigo de Michael Lesk delineia um quadro histórico e prospectivo do tema. Apresenta a seguinte sistematização:

Infância (1945-1955): Período histórico inicial da Recuperação da Informação.

Adolescência (anos 60): Criação dos primeiros sistemas de pesquisa, tanto em linguagem natural como com recurso a linguagem controlada e o desenvolvimento de tecnologias para a avaliação de sistemas de recuperação. Esse período é considerado o Boom da Recuperação da Informação.

Idade Adulta (anos 70): Surgem os primeiros sistemas com utilização real em diversos campos científicos. A recuperação tornou-se mais prática e sistemas foram desenvolvidos para oferecer tais serviços para as bibliotecas. O desenvolvimento de processadores de textos na forma legível por máquina.

Maturidade (anos 80): Crescimento dos processadores de texto e diminuição do preço do espaço em disco. Portanto, mais informação estava disponível na forma legível por máquina. O uso da recuperação da informação on-line expandiu-se tanto com a disponibilidade do texto integral como com a propagação da recuperação on-line para uso por não especialistas.

Crise de meia-idade (anos 90): Com o surgimento e uso exponencial da Internet deu origem a uma outra revolução tecnológica.
Realização (a partir de 2000 ): Marcada pela utilização universal da Internet nos meios acadêmicos e empresariais dos EUA.


3.3.4. Informática jurídica documental, Mario Saquel (Informática documental)

SAQUEL, Mario. Informática juridical documental. 7.ed. Santiago, Chile: Infojuris, 2001. Disponível em: http://www.chile.cc/msaquel. Acesso em: 22 jan. 2002

A obra de Saquel trata da elaboração da Informática Documentária no âmbito jurídico. Na primeira parte, discorre sobre o aspecto técnico-documentário, abordando conceitualmente os termos: ciência da informação, informação, documento, análise documentária, linguagem documentária, bases de dados e recuperação da informação. A segunda parte trata dos aspectos técnicos-jurídicos como: informação e Direito, informática jurídica, informação e documento jurídico, linguagem jurídica.

3.3.5.“Introducción a la informática documental: fundamentos teóricos, prácticos y jurídicos”, Carlos Costa Carballo, 1995 (Informática documental)

COSTA CARBALLO, Carlos Manuel da. Introducción a la informática documental: fundamentos teóricos, prácticos y jurídicos. Madrid: Síntesis, 1995. (Não consta no acervo de bibliotecas da USP).

O livro de Costa Carballo trata do desenvolvimento tecnológico em Hardware e Software aplicados ao tratamento e recuperação da informação, abordando aspectos tecnológicos básicos e os sistemas utilizados, por exemplo, para automação de bibliotecas e para Inteligência Artificial, finalizando com as questões envolvidas com segurança de dados, vírus e legislação.

3.3.6. “Informatique documentaire, André Deweze, 1994 (Informatique documentaire)

DEWEZE, André. Informatique documentaire. 4.ed.Paris: Masson, 1994. (Manuels informatiques Masson). 292 p. (Não consta no acervo de bibliotecas da USP)

A obra é apresentada apontando a evolução e o barateamento da oferta de produtos da automação de bibliotecas e os conhecimentos requeridos pelos seus responsáveis na definição de suas necessidades para a escolha de Softwares adequados. Segundo o autor, todas estas tarefas exigem capacidade de análise, um certo domínio da ferramenta informática e conhecimentos fundamentais como aqueles que são úteis para a concepção de um tesauro ou de uma linguagem de representação, operações essenciais para a gestão do material documentário.

4. Considerações finais

O termo Informática documentária é mais amplo que automação de bibliotecas. Há essa confusão conceitual que pode estar indicando que a área ainda não está consolidada no Brasil.
A dissertação de ORTEGA é bastante introdutória. Contudo, permite um melhor entendimento sobre o que é informática documentária.
A opinião do grupo é convergente com a opinião de ORTEGA. Há muito pouco material no Brasil e muitos assuntos relacionados a informática documentária que ainda não foram estudados mais detalhadamente. Cabe a nós, futuros bibliotecários darmos nossas contribuições para otimizar a área como um todo.


Bibliografia


COSTA CARBALLO, Carlos Manuel da. Introducción a la informática documental: fundamentos teóricos, prácticos y jurídicos. Madrid: Síntesis, 1995.

DEWEZE, André. Informatique documentaire. 4.ed.Paris: Masson, 1994. (Manuels informatiques Masson). 292 p.

LESK, Michael. The seven ages of Information retrieval. Disponível em :< http://lesk.com/mlesk/ages/ages.html>. Acesso em: 23 nov. 2004.

ORTEGA (2002) apud DEWEZE, André. Informatique documentaire. 4.ed.Paris: Masson, 1994. (Manuels informatiques Masson). 292 p.

ORTEGA, Cristina Dotta. Informática documentária: estado da arte. 2002. 234f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo.

ROWLEY, Jennnifer. A biblioteca eletrônica. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2002.

SAFFADY, William. Introduction to automation for libraries. Chicago: American Library Association, 1983.

SAQUEL, Mario. Informática juridical documental. 7.ed. Santiago, Chile: Infojuris, 2001. Disponível em: http://www.chile.cc/msaquel. Acesso em: 22 jan. 2002. ( Esta referência está no trabalho de ORTEGA contudo tentou-se acessar o link e não se encontrou a obra de SAQUEL. Usou-se search engines como Google e Altavista mas nada foi encontrado).